terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Método Parkour - Omnis (Parte 2/2)

O ano está quase acabando. É hora de sentar, pôr os papéis na mesa, juntar todos os planos e projetos e ver o que deu certo, o que foi possível ser feito e o que não também.
Em Fevereiro deste ano foi traçada uma meta: apresentar o Método de Parkour Omnis neste mês de Dezembro. Pois bem, vamos ao que interessa:



Porque um Método?

Primeiramente é importante entender o significado da palavra método. De forma simplificada seria: "Maneira de dizer, de fazer, de ensinar uma coisa, segundo certos princípios e em determinada ordem." (Fonte: http://www.dicio.com.br/metodo/). 

Com o passar do tempo e a experiência na prática do Parkour, percebemos que não tínhamos ou não seguíamos uma organização geral (do conteúdo treinado) para poder ver onde estávamos e projetar onde gostaríamos de chegar. Nesse contexto surgiu a ideia de condensar todo o aprendizado do Parkour em um guia simples e prático, a fim de reunir as informações necessárias, para acompanhar nossa evolução física e técnica. Essa foi a principal motivação para a criação deste sistema de treinamento: suprir uma necessidade básica de organização para estabelecer parâmetros de evolução física e técnica.


Sistema de Treinamento ou de Ensino?

Treinamento! O foco sempre foi e sempre será o treinamento. Aperfeiçoar uma técnica bruta, mostrar um caminho diferente dentro de uma evolução parecida entre os semelhantes. Completamente diferente da ideia de sistema de ensino, visto que não temos a pretensão de oferecer um serviço de capacitação técnica (ensinar a ensinar), nem muito menos convencer as pessoas a comprarem a nossa verdade. Entenda, apenas juntamos tudo que podíamos e condensamos numa caixa simples e fácil de se entender e a deixamos disponível para quem quiser abrí-la e experimentar (não comprar, nem acreditar), a fim de tirar suas próprias conclusões a respeito.
Sei que o fato de afirmar que se segue um roteiro de treinamento, entre Tracers, faz torcer o nariz de muita gente. Pois ao que me parece, a comunidade de praticantes sente uma certa aversão por esse tipo de diretriz, deixando toda evolução dentro da prática totalmente "livre" e espontânea. Isso não está errado, mas vazio. Visto que ao se pensar em aprendizagem - seja lá do que for - é preciso seguir regras mínimas e básicas que irão garantir seu desempenho dentro daquilo que esta sendo aprendido. Esse preceito serve para você que tem - e para quem não tem - objetivos claros dentro do Parkour. 


O que é o Método Parkour Omnis?

Após abordarmos brevemente o conceito de "Método" e a diferença entre "Sistema de Treinamento x Sistema de Ensino", trataremos, de forma sucinta, sobre o conteúdo geral do Método Parkour Omnis. Nosso objetivo com este sistema de treinamento é oferecer um caminho, tanto para quem conhece como para quem é leigo, a fim de organizar os conteúdos gerais do Parkour, apenas isso. 

O Método é dividido em três aspectos:

1º Técnico
2º Físico
3º Social e Psicomotor


Aspecto Técnico: este aspecto envolve toda e qualquer ferramenta útil para ser usada em um percurso. Técnicas de corrida de longa duração ou de velocidade ("sprints"), técnicas de amortecimento de impacto, técnicas de escalada urbana e natural, técnicas de transposição de obstáculos ("vaults"), entre outros. Além destes, abordamos um dos fundamentos mais importantes: a continuidade do fluxo (fluidez de deslocamento). Listamos os conteúdos técnicos no início, propositalmente. Com o passar do tempo identificamos que um iniciante na atividade ou quem já tem um tempo de prática, já possui uma vontade antecipada em experimentar as técnicas ou reinventar as que ele já conhece. Partindo deste pressuposto, optamos por abordar, logo no começo do Método, as técnicas específicas do Parkour com o intuito de demonstrar ao praticante as necessidades de aprimoramento físico específico que ele deverá desenvolver (caso precise), para adquirir um desenvolvimento técnico mais avançado.

Aspecto Físico: refere-se à lapidação do metal bruto. Neste aspecto serão utilizados todos e quaisquer métodos de condicionamento físico quanto possíveis. O objetivo aqui será tentar mostrar o quão importante é desenvolver os sistemas corporais principais do corpo (músculo-esquelético e articular), a fim de suportar as cargas de impacto que se fazem presentes no decorrer da prática. Nossa intenção será a prática de uma rotina de treinos com intensidades progressivas a fim de condicionar o indivíduo tanto na parte neuromuscular quanto cardiovascular.  

Aspecto Social e Psicomotor: este aspecto é o mais delicado e o que precisa de maior sensibilidade para ser apresentado. A questão social vai muito além  de direitos e deveres, regras, valores morais. Na verdade, não tratamos dessas questões. Tratamos aqui de uma outra abordagem: a ética! O pensamento que norteia este aspecto é: o que eu posso fazer e o que eu devo fazer. Em primeira instância parece não ter diferença de uma sentença pra outra, e na realidade as duas tem uma linha muito tênue de ligação. O que conta nesses casos é o caráter, a índole e a educação de base do indivíduo. Uma vez que interagimos diretamente com o patrimônio público para desenvolver nossas habilidades, precisamos ter, por exemplo, um mínimo de conhecimento de leis municipais e estaduais (quanto ao uso do espaço urbano) para sabermos o que podemos fazer com o conhecimento que temos sobre nossa Cidade, e o que a nossa consciência dita em relação a isso (o que devemos fazer). A base dessa abordagem é isso, É um assunto que estará em constante atualização e debate, visto que o ser humano está em constante mudança, junto ao seu pensamento.

Diretamente ligado a este aspecto está a questão Psicomotora. A grosso modo, seriam as interelações da nossa mente (pensamentos, ideias, motivações, filosofias, etc) com os gestos motores que treinamos dentro do Parkour (aspecto Técnico e Físico). Essa relação corpo e mente, deverá ser exercitada desde o começo da prática, mas se dará maior ênfase no final da apresentação do Método. Com isso, tentaremos garantir uma abordagem mais completa de tudo (ou quase tudo) que envolve a prática do Parkour.



Pois bem, entendemos o conceito de Método, a diferença entre Sistemas de Treinamento e Ensino, conhecemos de forma breve no que consiste o Método Omnis Parkour. É chegada a hora de traçar novas metas e tentar cumprí-las. O ano de 2015 deu-nos um caminho a seguir, um propósito ainda maior dentro de nossa visão do Parkour. Resta agora aprumar nossa postura, pôr a mochila nas costas e caminhar, com o pensamento altivo e com as mãos em preces por um futuro desafiador.

Bons treinos a todos!


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

11º Encontro Brasileiro de Parkour - Alojamento.

Será na Associação dos Moradores de Magalhães Bastos

Neste ano conseguimos 3 dias para albergar os praticantes que se inscreverem e participarem do 11º EBPK - 2015.

MAS NÃO É DE GRAÇA!

Para garantir sua entrada no alojamento, será necessário levar 1 KG de alimento não perecível ou item de higiene pessoal. Caso você precise ficar 2 dias = 2 KG, 3 dias = 3 KG. Os alimentos serão doados para Associação de Moradores de Magalhães Bastos.



Informações importantes:
- Pernoites: Sex/Sáb - Sáb/Dom - Dom/Seg
- Mapa: https://goo.gl/r0DwXP
- Horários/Entrada: - Sexta:19h/ Sábado: Após o encontro/ Domingo: a combinar.

Não esqueçam do kit mendigo: Colchonete, cobertor, manta, lençol, edredom, toalha, criado mudo, pantufa...

OBS.: É proibido o consumo de drogas e  bebidas alcoólicas no alojamento.


ATUALIZAÇÃO IMPORTANTE:


Como chegar a Associação de Moradores de Magalhães Bastos (alojamento 11º EBPK):

Do centro da cidade e aeroporto Santos Dumont:
Ônibus 393 Castelo x Bangu (BRS 5)

OBS.: “BRS” é uma divisão utilizada no RJ, para os ônibus. Ônibus BRS 5 só param em ponto de BRS 5 (são tipo mini-estações/ponto de ônibus).

-Pegar ao longo da AV. Presidente Vargas (Avenida principal do centro da cidade do Rio);
-Pegar na Rua Araújo Porto Alegre (Ponto mais próximo do aeroporto Santos Dumont);


Clique aqui para o trajeto completo do 393 (No mapa, clicar em “ver no mapa”)

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Do centro da cidade:

Passa próximo à Rodoviária, na Leopoldina.
Ônibus 367 Candelária x Realengo

Pegar na Via Binário do Porto (Rua atrás da rodoviária)


Clique aqui para o trajeto completo do 367 (No mapa, clicar em “ver no mapa”)

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Outros ônibus para o alojamento:

923 IAPI da Penha x Bangu
425 Alcântara x Campo Grande

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Trajeto (Ponto de ônibus – Pico)
Saltar na passarela 25 (“Ponto do amarelinho” ou ponto da “Gata de Irajá”. São referências para mesmo ponto), atravessar a passarela e seguir pela Rua Fernandes Gusmão até a praça N.S. da Apresentação.



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Chegada ao alojamento:

Saltar no fim da vila militar, em frente à igreja Paróquia São José (mapa aqui)
Contornar a igreja, subindo a rua, primeira à direita.


OBS.1: Todos estes ônibus passam pela AV.Brasil (BR101) na altura do pico (Irajá, passarela 25);

OBS.2: Este mesmo ponto (da passarela 25) usaremos para pegar a condução para o alojamento no fim do encontro;

OBS.3: Todos os ônibus tem a tarifa de R$3,40. Com EXCEÇÃO da linha 425 “Alcântara X Campo Grande”, tarifa (sem ar: R$9,50 e com ar: R$10,50).


Qualquer dúvida é só nos escrever um e-mail: omnis.parkour@gmail.com

Att.
Organização:
Omnis Pro Parkour em parceria com  Voltz Parkour

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

11º Encontro Brasileiro de Parkour - Irajá - RJ (12/12/2015) Informações

Fala galera!!!

Preparem seus corações e façam suas inscrições (gratuitas) desde já para o tradicional, o magnífico, o grandioso "11º Encontro Brasileiro de Parkour". Ele está de volta ao RJ! Sim!!!



O grupo Omnis Pro Parkour em parceria com a Voltz Parkour traz de volta para o sudeste do país o 11º EBPK, nos maravilhosos picos do Rio de Janeiro. Será no dia 12/12/2015 de 9h às 18:30h em Irajá - RJ.


Evento no facebook (para acompanhar novidades e interagir com a galera ):
https://www.facebook.com/events/674409059359238/

INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
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1- INSCRIÇÃO:
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Link: https://goo.gl/vOOFux
OBS.: O termo de responsabilidade só será necessário para menores de idade.
Download: https://goo.gl/KzPE2e


2- LOCAL DO ENCONTRO:
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Para saber mais detalhes clique aqui


3- CAMISETAS:
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Para saber mais detalhes clique aqui


4- ALOJAMENTO:
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Para saber mais detalhes clique aqui


5- TRANSPORTE/PONTOS DE ENCONTRO:
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Utilizaremos o transporte público carioca, ônibus e/ou trem, então venham com mochilas para facilitar a locomoção (evitem malas de rodinhas rs...).

Haverá no mínimo 2 organizadores Omnis/Voltz nos seguintes pontos de encontro:

5.1 - Rodoviária Novo Rio (Centro do RJ); -- Horário aproximado de espera: entre 06:55h e 07:55h do dia Sábado 12/12/2015.

5.2 - Aeroporto Santos Dumont (Centro do RJ); -- Horário aproximado de espera: entre 06:55h e 07:55h do dia Sábado 12/12/2015.

5.3 - Aeroporto do Galeão (Ilha do Governador - RJ); -- Horário aproximado de espera: entre 06:55h e 07:55h do dia Sábado 12/12/2015.

5.4 - Niterói (Casa do Biscoito (Terminal de Niterói)); -- Horário aproximado de espera: entre 06:33h e 07:00h do dia Sábado 12/12/2015.

OBS: pra vocês que chegarão no dia do encontro, tentem chegar o mais cedo possível para aproveitar a manhã e a tarde, caso tenham dificuldades em chegar cedo, entrem em contato conosco, pois os horários descritos acima serão realmente respeitados.


6- ALIMENTAÇÃO:
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No local haverão diversas opções para todos os gostos, e pra quem quer gastar pouco também :-)


PROGRAMAÇÃO (Sábado 12/12/2015):
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-- 06:55 às 07:55 - Tempo de espera nos pontos de encontro;
-- 09:33 - abertura oficial do Encontro;
-- 10:00 - aquecimento/alongamento inicial;
-- 10:30 - treinos direcionados diversos;
-- 11:00 - treinos livres;
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-- 12:00 às 13:30- pausa para o almoço;
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-- 14:00 - reaquecimento leve;
-- 14:30 - treinos direcionados diversos;
-- 16:00 às 16:40 - treino direcionado para iniciantes;
-- 16:50 - treinos livres;
-- 17:33 às 18:33 - Conferência Nacional de Parkour.


Associação Brasileira de Parkour - Fonte:
http://www.abpk.org.br/2015/04/11o-encontro-brasileiro-de-parkour-resultado-do-edital-2015/

Qualquer dúvida é só nos escrever um e-mail: omnis.parkour@gmail.com

Att.
Organização:
Omnis Pro Parkour em parceria com  Voltz Parkour

11º Encontro Brasileiro de Parkour - Local/pontos de encontro

LOCAL DO ENCONTRO:
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Praça Nossa Senhora da Apresentação, Irajá - RJ. Mapa aqui.



PONTOS DE ENCONTRO:
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Chegada pelo Santos Aeroporto Dumont

Para o pessoal quem chegar no primeiro dia do encontro (12/12), pelo Aeroporto Santos Dumont, o Vito (V) estará a espera entre os horários de 07:00 às 08:00. Esses devem avisar sobre sua chegada através do Messenger do facebook (Perfil do Facebook), pois a partida para o pico pode ser dada antes, caso todos estejam reunidos mais cedo (antes das 08:00).
Em caso de alguém chegar depois das 08:00, segue o link de como se chegar ao pico.
Para chegar ao ponto final do ônibus 349 basta saindo pelo portão de desembarque, atravessar a passarela e direcionar-se a direita. Depois de passar por um ponto de ônibus, atravessar a rua, pouco mais a frente terá os fiscais deste ônibus. Pedir para saltar no Cemitério de Irajá.
Ponto de encontro: Esse famosíssimo monumento, que sei lá o que é:


Obs.1: Têm dois portões de desembarque, porém não há identificação numérica. Este ponto, seguindo no sentido da mão dos carros, é o último portão.
Obs.2: As informações sobre transporte aqui contidas podem sofrer alterações até o dia do encontro devido a grande quantidade de obras que estão acontecendo aqui no Rio de Janeiro.


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Chegada pelo Aeroporto Galeão (internacional)

Para o pessoal quem chegar no primeiro dia do encontro (12/12), pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim (ou o famoso “Galeão”), o JJ Parkour estará a espera entre os horários de 06:55 às 07:55. Estas pessoas devem avisar sobre sua chegada através do Messenger do Facebook (Perfil do facebook), pois a partida para o pico poderá ser dada antes, caso todos estejam reunidos mais cedo (antes das 08h).
Em caso de alguém chegar depois das 08h, segue o link de como se chegar ao pico.
Se faz necessário pegar um ônibus para sair do Aeroporto do Galeão (BRT sentido Alvorada(Barra da Tijuca) descer no terminal do Fundão e fazer uma integração (gratuita) com mais um BRT pro Bairro da Penha – RJ (também no sentido Alvorada(Barra da Tijuca). Ao chegar na Penha o(a) praticante deverá andar 850 metros desde a estação BRT Penha II até a Rua Quito já no Bairro da Penha, segue o mapa de como chegar:
Neste ponto, o praticante poderá pegar os ônibus 350 ou 905 ambos vão pra Irajá (pedir pra descer no Cemitério de Irajá – aproximadamente 25min).
Ponto de encontro: Starbucks do Terminal 2 (como chegar? clique aqui)



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Chegada pela Rodoviária Novo Rio

Para o pessoal quem chegar no primeiro dia do encontro (15/12), pela Rodoviária Novo Rio, o JC estará a espera entre os horários de 07:00h às 08:00h. Esses devem avisar sobre sua chegada através do Messenger do facebook (link do perfil do face), pois a partida para o pico pode ser dada antes (antes das 08:00h), caso todos estejam reunidos mais cedo.
Ponto de encontro: Entre o “Mega Matte” e “Girafas” no segundo piso da rodoviária:

Em caso de alguém chegar depois das 08:00, segue como se chegar ao pico.
Pegar os ônibus 350 ou 351 na AV. Francisco Bicalho, pedir para saltar no Cemitério de Irajá.

Obs.: As informações sobre transporte aqui contidas podem sofrer alterações até o dia do encontro devido a grande quantidade de obras que estão acontecendo aqui no Rio de Janeiro.

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Chegada vindo de Niterói (Casa do Biscoito (Terminal de Niterói))

Para o pessoal que vem no primeiro dia do encontro (12/12), por Niterói seguem as informações:

Local de encontro: Casa do Biscoito (Terminal de Niterói);
Horário de Chegada: 06:30h;
Horário que Sairemos: 07:00h (nenhum minuto a mais);

O que levar?
-- Dinheiro para passagem, com 35~40 reais da para ir e voltar tranquilo, quem usa bilhete único gastará menos.
-- Comida ou leve de casa, ou compre lá, vamos ficar o dia todo, então pensem bem, leve sua água de casa também.
-- Quem for ficar para o Segundo dia, lembre-se de se inscrever para ter a vaga, e levar 1kg de alimento não perecível.
--Menor de 18 anos, não se esqueça de imprimir o termo de responsabilidade para levar no dia assinado pelo seu responsável.


Qualquer dúvida é só nos escrever um e-mail: omnis.parkour@gmail.com

Att.
Organização:
Omnis Pro Parkour em parceria com  Voltz Parkour

sábado, 17 de outubro de 2015

11º Encontro Brasileiro de Parkour - Camisetas!


- 2º lote, preço: R$ 30 - Prazo para pagamento: 20/11/2015.

- 1º lote, preço: R$ 25 - Prazo para pagamento: 31/10/2015.

- Neste ano ofereceremos somente a cor branca duas cores: Amarela e Verde (cores da bandeira do Brasil);

- Tamanhos disponíveis: P, M e G;

- Formato: Regata ou Camiseta padrão;

- Tecido: somente algodão.

- Para fazer seu pedido, basta entrar em contato mandando uma mensagem para a Márcia Diniz (organizadora Omnis) pelo Facebook (não precisa adicionar). Informar quantidade, tamanho, cor e efetuar o pagamento até 20/11/2015 31/10/2015.

OBS: a conta para depósito será informada pela organizadora Omnis citada acima.


Qualquer dúvida é só nos escrever um e-mail: omnis.parkour@gmail.com

Att.
Organização:
Omnis Pro Parkour em parceria com  Voltz Parkour

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Encontre-se

Saudades. Gratidão. Afeto. Sentimentos... O que dizer quando bate aquela vontade de fazer tudo que te deixa em paz, saciado de alegria e satisfação, mas pelas vicissitudes da vida, não é possível? E se, durante um final de semana apenas, você pudesse matar essa vontade? É. Isso é possível sim, durante o Encontro Carioca de Parkour!



Há oito anos - não consecutivos – acontece esta reunião de praticantes de Parkour. Pessoas do Estado do Rio e Cidades Brasil adentro, congregam suas essências pessoais em dois ou três dias de diversão, festa e companheirismo, tendo como pano de fundo dessa festividade Agostina (o encontro acontece sempre no mês de Agosto, na Cidade do Rio de Janeiro) o nosso querido Parkour.




                Não se trata apenas de transpor obstáculos, seguir um caminho da maneira mais eficiente e fluida possível, utilizando apenas seu próprio corpo para deslocar-se no ambiente. Parkour! Parkour! Parkour!





Não, não é apenas um significado pré-definido o qual temos de reproduzir como se já estivéssemos pré-destinados a seguir e impossibilitados de reinventar-lo. Congregar pessoas em torno desta idéia, em torno desta festa – sendo prolixo. Trata-se de lembrar de não esquecer que estamos vivos. Trata-se de redescobrir que somos capazes de abster-nos da escuridão que, ás vezes, nossa mente pode navegar. Trata-se de relembrar novamente de não esquecer, que podemos e devemos, e digo mais, temos o direto, de redescobrir o valor da saudade, da gratidão e do afeto.



Neste ano de 2015, fizemos diferente: realizamos o Encontro fora da Cidade do Rio (lugar do Encontro escolhido por votação aberta), assim sendo, o Município de São Gonçalo foi escolhido para sediar o Encontro. Mostrando que nesse processo mutável que é a vida, somos e devemos ser capazes de mudar e reinventar sempre as nossas motivações e escolhas.
E nesse sentido o 8º ECPK aconteceu: num clima de sol puro, calor, divertimento, descobertas e redescobertas. Onde o conceito encontrou a desconstrução do conceito junto à renovação do que já existia. Todos embalados pelo ritmo da fluidez, dos corpos em movimentos desconexos, com a conexão das motivações de cada um.
Participantes. Conflitantes em não conflitar. Amigos novos. Recriação de velhas amizades. Reinvenção do antigo novo. Ressurgência das águas dos sentimentos.



Saudades. Gratidão. Afeto. Obrigado galera do Parkour. Obrigado aos Encontros entre os amigos da vida. Obrigado ao oitavão, oito, 8, 8º: este foi O encontro, assim como todos os outros o foram e serão. Nós estaremos sempre altivos, sempre dispostos em não nos perder. Sempre apostos a nos encontrarmos. Sempre concordantes em não esquecer de lembrar a importância do ‘se encontrar’. E você, já se encontrou hoje?







(8º Encontro Carioca de Parkour)


quinta-feira, 2 de julho de 2015

Ser forte e ser útil


Quase sempre que nos procuram para reportagens sobre Parkour, as pessoas aparecem querendo mostrar a radicalidade da atividade. Prefiro apresentar a atividade como algo natural que aprendemos durante a infância e que deixamos por lá esquecida por acreditar que o mundo adulto precisa ser careta. O Parkour não é perigoso como tantos pregam. É uma atividade que te ensina a ser forte. E uma das frases mais ditas pelos praticantes é "Ser forte para ser útil!". Mas, como ser útil? E por que ser útil? Acredito que o Dia PK representa essa expressão.

1º Dia Pk 2010 - Omnis Pro Parkour - Em prol das vítimas das chuvas (vídeo)

Doar tempo para estar com crianças que pouco têm atenção dos pais, do Estado, dos vizinhos. E em tempos em que escuto argumentos estapafúrdios sobre a redução da maioridade penal, estar com as crianças é entender que a atenção transforma vidas. Seja durante um treino, ao dar uma lembrança no Natal, ou ao dividir o pão.
Fazer o bem sem olhar a quem. O que é ficar um final de semana sem climbar quando você sabe que o sangue que você doou no HemoCentro ajudará na recuperação de alguém. Um alguém que não precisa de um super herói que saiba voar, mas sim um que encare o medo da agulha, deixando o egoísmo de lado, para doar algo que o outro precisa.

4º Dia Pk 2011 - Omnis Pro Parkour - Em prol do sangue! (vídeo)

Colocar-se no lugar daquele que mora na rua e que levanta rápido pronto para uma briga. Imagina quantas agressões sofrem nas ruas. É sair das grades dos condomínios e ver a realidade. Não há como ser útil numa fantasia. Doar um pouco do tempo sem olhar de nojo, ou julgamento é muito mais humano. Ser útil é entender que se deve praticar o Ágape, e não alimentar o ego.  E você? Foi útil na vida de alguém hoje?

Att Tatiana.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

EnBaixada Parkour - Encontro da Baixada de Parkour


O que dizer de ontem? Estou aqui neste domingo escrevendo este texto um pouco rápido, por conta das provas ainda a corrigir e a elaborar... Vida tão corrida...

Porém o parkour como sempre acaba abrindo uma janelinha nessa minha rotina, e me permite algumas horas de descanso, e de paz... Ontem o dia foi como sempre, mas com algo diferente: era um treino, mas não era um treino. Era distante, mas não tão distante...
Revi pessoas que há tempos não via, movimentos que há tempos não fazia – é, é sim importante voltar a alguns flows básicos. E algumas práticas tão antigas quanto essenciais: “Vocês podem dar ideias também, pensem em movimento que a gente segue”. Cidade com arzinho tranquilo, passagens pela praça Santos Dumont, Vila olímpica e uma pracinha básica ao lado da via Light...

O gosto pelo lúdico que se estabeleceu em meu corpo, me dando ideias pra usar nos meus próprios treinos aqui em Niterói. Forças compartilhadas, laços fortalecidos – uma região de treino pra ajudar a reorganizar com horários fixos e novos membros. Energia renovada.

Por: Camila Lopes


O encontro de Nova Iguaçu foi íntimo e gentil. Ver gente tão jovem e comprometida com uma prática causa entusiasmo. Foi um dia de rever e reconhecer velhos lugares e velhos amigos. Teve gente que chegou da França descansou um pouco e foi para Nova Iguaçu. No mínimo um luxo.
Para mim foi mais especial pois via aquele lugar através do ônibus quando estava a caminho do trabalho e naquele momento podia me movimentar e praticar naquele lugar. Brincando num lugar conhecido e novo. Em tempos em que eventos grandes chamam a atenção é saudável uma data que nos reunamos aceitando o outro e o lugar como ele é e está. Simplesmente nos adaptando.
Agradeço aos organizadores por nos dar tão agradável oportunidade de simplesmente treinar. Parabéns a eles e a nós que participamos.

Por: LC

Evento no facebook:
https://www.facebook.com/events/557526401048847/


Att.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Base

Fechando o mês de Junho, temos abaixo um dos vídeos de grande inspiração para nós. Trata-se de "Sarcelles". Bem, quem conhece os caras que originaram esse movimento todo chamado: Parkour, irá reconhecer algumas figuras no vídeo. Para quem é leigo no assunto, basta ver o vídeo e se deixar inspirar pela simplicidade e objetividade dessa produção de Julie Angel. Ligue o 'play' e divirta-se:



Att Dênis.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Diário: construção do pico de Parkour em SG para o 8° ECPK (parte 1)

Todo encontro de parkour é especial, se é no Rio de Janeiro, para mim, é mais especial ainda. Contudo este ano o significado de especial transbordou. Definitivamente aceitamos um grande desafio.

Explico, o encontro, como avisei anteriormente aqui, será em São Gonçalo e terá a praça Chico Mendes, onde foi construída pelo grupo local (Parkour São Gonçalo) a Chicolândia, um pico que aproveitou a estrutura local e reaproveitou pneus e barras para tornar o lugar ainda mais legal. Vistos com desconfiança, a princípio, pelos moradores pois o abandono da praça era constante, além de outros usuários do local o usarem para ilícitos. O grupou ocupou o lugar, limpando-o, tornando a frequência do lugar mais saudável como atletas ao invés de dependentes químicos, o que agradou e conseguiu a simpatia da vizinhança.
Com isso conseguiram apoios e patrocínios para suas atividades. Tanto reconhecimento levou os garotos pensarem e realizarem a ampliação de suas atividades conseguindo parcerias. Uma dessas foi com uma escola da região, aquela que fizemos atividades no evento do dia das crianças no ano passado que relatei aqui. Além desse episódio, e por causa dele, o grupo se comprometeu a voltar e ministrar aulas de parkour aos sábados para fazer parte do programa Escola Aberta que promove várias oficinas artísticas e desportivas para a comunidade durante o dia.

O espaço da escola é amplo e o pessoal poderia adaptá-lo para a prática de parkour improvisando obstáculos, como fizemos no dia das crianças, porém já há uma experiência em criar picos, adquirida quando incrementaram a Chico Mendes.
Então pediram permissão a diretora e se propuseram o desafio de criar um novo
pico no amplo terreno da escola. A autorização foi dada e é aí que eu, você e qualquer um que ame o parkour entram na história.

Um obstáculo não se cria da noite para o dia, é preciso muito trabalho e pessoas dispostas. O grupo de São Gonçalo é focado e organizado, se combinaram e conseguiram doações de pneus, terra e arrumar ferramentas. Além disso, pretendem comprar barras de ferro, que mesmo usadas não são baratas, além do frete para transportar estes materiais do seu local de origem para a escola. Por isso, a compra de camisas do grupo e até doação voluntária é essencial para consolidação do projeto.

A mão de obra para construção do pico é nossa, todos têm suas vidas e questões para resolver, mas disponibilizar tempo para ir lá e trabalhar voluntariamente é ideal e essencial para que o sonho se torne realidade. Nós da Omnis, percebemos o potencial do empreendimento e decidimos entrar nessa empresa para que o segundo pico do ECPK seja na escola. Estamos marcando o treino sempre que possível para São Gonçalo a fim de acelerarmos a construção do pico, pois há um prazo e estamos literalmente correndo contra o relógio.

Pode significar um grande problema, mas a cada obstáculo construído é um avanço e parece que uma onda de satisfação enche de alegria o coração. E, mais, a escola como deve ser é cheia de crianças, e sempre vem uma perguntar quando começarão as aulas de parkour, ou ir direto brincar nos obstáculos recém criados. Acredito que na hora do recreio aquele lugar deva ser uma festa para as crianças e um desespero para os inspetores, porém, a novidade está agradando, pois já teve professor
interessado em aprender parkour.

Agora, o que acredito ser o mais mágico é quando as crianças além de perguntar e brincar resolvem, por conta própria, ajudar na construção do pico. Hoje dois irmãos, pequeninos, sem ninguém pedir, pegaram na enxada e trabalharam de dar inveja a muito marmanjo. Bom, se você chegou até aqui sabe como a atividade saudável é transformadora e como o parkour pode mudar vidas. E num mundo em que os menores são muitas vezes esquecidos, ser exemplo, dar oportunidades e possibilidades é digno de respeito. E mesmo que não consigamos fazer tudo que queremos, já está valendo à pena, porque sinto que estamos construindo um belo futuro.

Att LC.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Frequência nos treinos de Parkour no RJ

Pois bem, JJ por aqui e chegou a minha vez de escrever no Blog... rs
O tema já diz muita coisa por si só, mas vamos dissertar um pouquinho. Eu levo uma vida dupla entre:

1º- Trabalho/relacionamento/família/responsabilidades/compromissos;

2º- Outra com o Parkour;
Se eu pudesse treinar o que eu desejo, seria muito mais completo, forte, resistente e "frequente" nos treinos de Parkour aqui no RJ. Mas infelizmente nem tudo o que "queremos" nós efetivamente "podemos", porque está entre aspas? o verbo querer não é igual ao "poder", cada um convive como bem entende com esta realidade, pra mim, é mais do que normal nestes quase 9 anos de prática entender minha realidade. Existem fases e fases, no momento (Abril/Maio de 2015) estou conseguindo pelo menos frequentar treinos noturnos em Botafogo (terças e quintas às 19:11h). Isso me deixa muito feliz e o que pude perceber é que este aumento na frequência dos treinos melhorou e muito meu desempenho no Parkour, minha disposição até para vir trabalhar e os fluxos de pensamentos e idéias na minha cabeça.

Atualmente no meu novo emprego estou me vestindo muito mais social do que antes, o que me leva claramente ao primeiro ponto que comecei a escrever "levo uma vida dupla", e quando estou treinando parece que meu "uniforme" de tracer faz com que me desfaça de um fardo pesado que seria minha "roupa social". Além de estar feliz por enfrentar novos desafios profissionais, fico feliz que posso escapar da rotina semanal e treinar pra carai rs...
A frequência nos treinos também é muito importante para quem esta começando no Parkour, para quem quer retornar à atividade e lógico, para nós que queremos aperfeiçoar nossas técnicas, manter a forma, e melhorar sempre nossa movimentação!

A meta agora é também retornar aos treinos de finais de semana, pois com a mudança de vida, trabalho/casa/desafios pessoais, acabou que também não consigo treinar todo santo sábado e domingo... Mas paciência, um foco de cada vez :-)
Aproveitando a oportunidade, pretendo gravar meu vídeo de 9 anos de Parkour e lançá-lo até Setembro/2015, fiquem ligados !!!

Desde já agradeço a atenção.
Bons treinos!

Att JJ.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Um caso de amor


Vamos falar de amor e fazer o público avançar da paixão ao amor. Cativar os interessados nessa prática de altruísmo, doação e generosidade. A quem seja alheio a isso solicito que tente se incluir e fazer parte dessa rede de afeto favorecendo esta amizade que construímos ao longo desse percurso. Vamos iniciar um caso de amor recíproco e generoso que nos faça crescer com força, firmeza e de forma gentil com a delicadeza de quem pede ao corpo que avance mais superando limites de forma tranquila e consistente.

Relaxe, não se assanhe, um passo de cada vez, para andar e que após possamos correr e em seguida não apenas pular mas saltar precisamente e indo de passada em passada, chegando a novos pontos numa dinâmica evolução. Aproveitando o percurso e desbravando novas possibilidades.
Lembro-me de meu batismo em 2009 num evento de esporte produzido pela Voltz na estruturada e conhecida Lapa que naquele dia foi a novidade mais linda e me fez ganhar novas e belíssimas fraternidades. Foi ali naquele lugar já conhecido e visto que algo me aconteceu, me ressignificou e onde comecei a aprimorar meu novo olhar sobre lugares e coisas.

De longe nunca fui um virtuoso, prodígio ou coisa parecida. Sinto-me sempre iniciando e me adaptando. Ainda não tenho concentração o suficiente para fazer o treino fluir independente da companhia , mas tudo é uma (des)construção, talvez apenas possa ser e durar. Diante de corpos tão fortes, às vezes, possa me sentir pequeno, mas como disse: tudo é uma evolução, pois também me sinto ficando cada dia mais forte para ser mais útil.

Uma pausa para versar:

Saltar pela Lagoa e seus castelinhos,
Desmoronados.
Abrigo de desabrigados,
Muitos desabrigados.
Onde ir?
Irajá!
Saltar, pular, escorregar.
Correr pelo aterro,
“Sparkatear”
Fazer um Le parkinho
Um só  não?
Dois.
Botar fogo nas passarelas
Ahuuuuuuu
UUUUUUrca!
Ir de bonde e descer de bondinho.
Lembranças bacanas,
Quadrupedal em Copacabana.
Ajudando cachorrinhos em matilha.
Milagres em Mirataia
Santo sol.
Santa Cruz.
Santas praças.
Santos picos.

Uma singela homenagem, acredito, a este sítio, cidade, que nos abriga e que só enriquece minha memória afetiva. É um caso de amor antigo, sei. Mas como não amá-la? Dizem que é maravilhosa. Acredito que seja abençoada embora maltratada.  Agradeço por ser e obter um novo olhar graças a uma prática que me faz ressignificar velhos conhecidos e transformá-los em novos lugares.

Penso que esta formação e estas companhias me fazem melhor e me ajudam a ir além do ser, me possibilitam durar. O que minha cidade oferece faz com que valorize o que de novo conheça. Seja aqui ou em qualquer outro lugar. Pessoas que fazem as cidades felizes e hospitaleiras, que nos visitam e que fazem querer visitá-los. Nesses anos de parkour meu coração se inundou de alegria e amor, por essa gente linda e maravilhosa que são parte desta história.

Espero continuar escrevendo novos capítulos e contar com a ajuda de cada um e todos para fazer um grande trabalho. Aproveito para convidar para o 8° Encontro Carioca de Parkour que se aproxima. Pretendo, aliás, pretendemos fazer um grande trabalho. Este ano será em São Gonçalo, com picos maravilhosos, engenhosos e desafiadores. Porém o Rio tem surpresas, quem sabe até o final do ano todo o Brasil não tenha motivos para nos visitar?

Att LC.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

sábado, 7 de março de 2015

Cada um tem seu ritmo, mas a preguiça não tem nada a ver com isso

Vou começar do começo, quando soube que precisaria escrever esse texto. O pessoal dividiu pra cada mês um escrever um texto pro blog, e eu fiquei encarregada do mês de março. Não sabia como explicar isso, mas não me sentia no direito de escrever sobre Parkour. Isso porque, simplesmente, eu já não treinava há muito tempo. Gosto de falar sobre, ir aos treinos, mas levantar a bunda pra fazer alguma coisa era um sacrifício cada vez maior – e ainda é. O motivo não é eu não gostar de treinar, mas sim a pura e extrema preguiça mesmo – e um pouquinho de vergonha também rs.

Em consequência disso, já é de se esperar que eu não faça coisas mais difíceis e complicadas e até muitas coisas ridículas mesmo. Enfim, eis o ponto em que quero chegar: O que eu faço é ridículo sim porque eu treino há mais de três anos. É muito difícil pra um praticante admitir para outro que o que ele faz é bobo, que pode se dedicar mais. Mas tentar colocar na minha cabeça que o que eu já faço está bom e que esse é o meu ritmo de evolução só me estimula a ficar mais acomodada, porque já me dá o que eu preciso: uma desculpa.

O meu caso é diferente do de pessoas que treinam e suam pra conseguirem fazer coisas simples e não conseguem. Elas enfrentam os medos delas e evoluem com isso, mesmo que pouco aos nossos olhos. Esse é o ritmo delas. Não são preguiçosas.

Mas, além do meu “tipo” de preguiça, reparei que existe um outro: a dos movimentos cômodos. Não estou recriminando os treinos de repetição, muito pelo contrário. As repetições são necessárias pro aperfeiçoamento dos movimentos e pra resistência também, mas tem que haver um equilíbrio aí. Não adianta aperfeiçoar para sempre e não arriscar movimentos novos. Não estou falando pra ninguém sair por aí se jogando, apenas pra tentar fazer coisas diferentes. Aperfeiçoar outras coisas.
Mais uma vez, é a situação perfeita para o papo de “cada um tem seu ritmo de evolução”. Infelizmente, tem gente acomodada acreditando que está respeitando o seu ritmo enquanto poderia estar fazendo muito mais.

Att Márcia.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Método Parkour - Omnis (Parte 1/2)

Você é praticante de Parkour, abriu este link e começou a ler este texto pois o título causou curiosidade. Pois bem, eu tenho uma coisa pra te dizer e você não irá gostar de saber: você não sabe treinar Parkour!

Já faz algum tempo que me questiono, dentro do universo físico-técnico do Parkour, o que é treino e o que não é. Sim, acredito que nem tudo é treino, porém tudo pode ser treinado. É raro algum praticante, ao marcar um ''treino'' na internet, citar os objetivos gerais e específicos que serão abordados, bem como os métodos de condicionamento físico empregados, ou a relação volume (quantidade de trabalho/exercício) X intensidade que será visada, por exemplo. Isso acarreta uma abordagem generalizada - não que seja ruim - mas pode ocasionar falta de foco e uma provável perda de interesse nos treinos, devido à falta de metas a serem cumpridas e ao não estabelecimento de prioridades específicas. Penso que muito desse espírito "libertário" se deva à falta de critérios de treinamento, ou seja, uma periodização anual, uma divisão hierárquica das técnicas (grau de dificuldade e intensidade), e o mais importante, uma vontade de criar um hábito saudável e produtivo de treinamento. Na verdade, no geral, os praticantes de Parkour pensam que pelo fato da atividade proporcionar uma liberdade de ação não-convencional, o seu treino deva refletir a sua aplicação técnica.

"O segredo do sucesso é fazer coisas comuns de maneira incomunmente bem." (John D. Rockefeller)

Ao meu ver, existem 4 segmentos dentro da prática do Parkour: treinos, exploração, percursos, viagens.

No 1º segmento temos a base, o alicerce de toda a atividade: treinos. Este, envolve o desenvolvimento dos fundamentos físicos-técnicos, princípios filosóficos, atitudinais e comportamentais (direitos e deveres do praticante/disciplina social), criação de hábitos saudáveis de vida e etc.

Já no 2º segmento, exploração, inicia-se uma especialização moderada. Explorar, neste contexto, vai além de apenas desenvolver a técnica ou melhorar a abordagem tática do Parkour em detrimento do espaço/obstáculo. Ao meu ver, explorar remete conhecer, descobrir ou redescobrir um lugar/pico, Cidade, Estado ou País. Na medida em que aprimoramos nossas habilidades físicas, técnicas e psicológicas, temos a necessidade de avançar um degrau a mais nessa evolução. E como o Parkour permite ultrapassar essas fronteiras materiais e psicológicas, a exploração geográfica seria aprofundada ao máximo, dentro deste segmento.

No 3º segmento, percursos, ocorre a especialização avançada. Conseguir permanecer firme do início ao fim num determinado percurso é o que conta. Já seja um percurso curto (um deslocamento simples no lugar/pico de treino), até deslocamentos longos (quilômetros de caminha e corrida para chegar a um local específico). É aqui onde vemos a grande lacuna da maioria dos praticantes: a corrida! Aqui, dura mais aquele que possui uma resistência aeróbica e anaeróbica de moderada a elevada/intensa. Muitos, se não a grande maioria, negligenciam este fundamento básico nos seus treinos. Não basta apenas chegar ao destino, é preciso ser capaz de retornar ao ponto inicial e repetir essa façanha quantas vezes for necessário, a fim de completar o objetivo determinado.

O 4º e último segmento: viagem, reúne todos os segmentos de uma vez só. Pois, ao viajar, principalmente para lugares desconhecidos, precisamos ter a postura de um iniciante para conhecer os lugares novos. Precisamos conhecer, explorar e percorrer o ambiente, para familiarizar-mo-nos com o mesmo. Neste segmento, precisamos organizar uma maneira didática de treinar os fundamentos, assim, poderemos aproveitar ao máximo o que o lugar tem de melhor, sem desperdiçar possibilidades. Precisamos pôr em prática nossa visão tática, explorando o ambiente com as nossas habilidades técnicas já testadas anteriormente (de forma sistemática). Assim, teremos "know-how" para traçar rotas conhecidas e desconhecidas dentro do ambiente em que estamos, pois já estaremos aptos para interagir orgânicamente com o lugar/pico. E por fim, teremos aproveitado uma simples viagem para outra Cidade de forma completa, no melhor estilo "Tracer" de ser.

"A crítica nos traça a obrigação de fazer melhor do que aqueles que nós reprovamos." (André Luiz)

'Você não sabe treinar Parkour!'. Bem, eu precisava chamar a sua atenção de algum jeito ou de outro. Assim, resolvi atacar na ferida daqueles praticantes que pensam saber de tudo; aqueles cujo ego está tão inflamado que não aceitam um "dedo-na-cara" com essa afirmação: 'VOCÊ NÃO ESTÁ PRONTO'. Tracers, em geral - muito no geral - pensam serem super-humanos, aptos para qualquer desafio: hipócritas! Basta apenas uma situação adversa, fora do seu padrão de pensamento para que suas emoções aflorem e se descontrolem. Exemplo disso são as inúmeras discussões sem fundamento e sem respeito que acontecem nos diversos grupos na internet (redes sociais). E é exatamente nessa "ferida" que eu os ataco e atacarei: você não está pronto! Você não aguenta a pressão de saber que seu treino não serve para algo verdadeiro. Seu treino atual só serve para você tentar querer ser uma estrela midiática ou mostrar para os leigos, dentro de alguns minutos de vídeo, o que você "sabe fazer".

Há um senso incomum, dentro da comunidade Nacional e Internacional do Parkour que diz: "meu parkour é meu Parkour". "Faço o meu Parkour e que se dane o mundo". "Parkour pra mim é isso ou aquilo". "Parkour é liberdade". "Parkor é Asa Delta". "Parkour é vida selvagem e ser otário". Ótimo! Quem pensa assim está Sertícimo! Cério! Porém, o que essa corrente de ignorantes não percebe é que existe uma clara diferença entre:

PARKOUR / MEU PARKOUR


O Parkour surgiu de uma revolução. Jovens que não mais se satisfaziam com o que a Sociedade Francesa lhes oferecia, em termos de divertimento e lazer. Estes começaram a criar novas formas de brincadeiras e jogos - mais brutos - e se dedicaram, de maneira organizada, a fundar as bases do que viria a ser a atividade como a conhecemos hoje. Sim, há uma base, um "ponto de partida" onde os fundadores dos princípios do Parkour conseguiram estabelecer pilares importantes para alicerçar esta atividade. E por mais que atualmente, o Parkour tenha atingido precedentes estéticos, de "life-stile", cinematográficos e até de caráter esportivo (competição), existe uma base, um ponto inicial de tudo isto. E é exatamente do que se trata este texto: a origem dos fundamentos do Parkour. Antes de continuarmos, faça uma pausa em sua leitura e assista ao vídeo abaixo:




Você acabou de assistir uma prévia do que será lançado em Dezembro de 2015: o Método de Treinamento Parkour - Omnis (o mesmo será abordado no referido mês). Mas posso lhes adiantar o seguinte: não temos a intenção de ensinar Parkour a ninguém! O objetivo principal do método é dar uma opção organizada, um roteiro de treino - das habilidades físicas e técnicas -, bem como suporte para questões teóricas e psicológicas que envolvem a prática. Nele, haverá uma progressão lógica de entendimento e aplicação das técnicas, incluindo periodizações específicas para condicionar os sistemas corporais para suportarem as intensidades de esforço, etc.

Bem, se você ficou confuso ao chegar até aqui, parabéns! Você caiu direitinho na "armadilha". Mas não se preocupe, as respostas às suas dúvidas chegarão no seu devido tempo. Enquanto isso, fique com algumas belas frases e reflita dentro do seu mundinho "Meu Parkour":


"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original"

"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"

"Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela"
(Albert Einstein)


Nos vemos em Dezembro de 2015!
Por: JC!
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Segurando a Onda

Vou contar um pouco do que aconteceu comigo e do que aprendi depois de passar por uma cirurgia.
Há pouco tempo tive uma surpresa desagradável, acordei de madrugada sentindo muitas dores na barriga e não conseguia ficar de pé. Corri para o hospital pra descobrir o que era e recebi a seguinte notícia: "Você ficar aqui hoje pra operar... É apendicite!!."

No momento fiquei sem reação, mas depois perguntei pra ele: "Como assim vou operar? Calma aí, vamos conversar. Não tem nenhum desenrolo..." 

Aí, com toda calma do mundo, o médico me explicou o que era apendicite e quais eram os riscos disso, que até então eu não fazia a mínima ideia. Ele disse que é a inflamação do apêndice, uma tripinha que fica no início do intestino grosso e não serve pra nada. O tratamento da apendicite é a retirada do apêndice através de cirurgia. Esta intervenção cirúrgica deve ser rápida, pois se a parede do  apêndice se romper, a infecção pode se alastrar..., ou seja, tu fica lascado.

Pois bem, fiz a cirurgia e ficou tudo "OK", ou melhor, quase tudo. Teria que ficar TRÊS MESES SEM FAZER ATIVIDADES FÍSICAS, uma verdadeira tortura, e se não bastasse, tinha uma viagem marcada pra semana seguinte para nada menos que o 10º ENCONTRO BRASILEIRO  DE PARKOUR. Tava cagado de urubu.

Na semana seguinte, mesmo com a barriga costurada , com os riscos do vôo e não conseguindo me mover direito, deu tudo certo e fui pra Recife.
Assim que cheguei foi só alegria, reencontrei a galera e matei a saudade, mas logo depois veio a verdadeira tortura: ficar assistindo todo mundo treinando sem nem sequer poder fazer uma precisãozinha. E foi assim durante todo o encontro, uma sensação que nunca mais quero ter que passar na vida. A vontade que eu tinha era de sair correndo feito doido pra todo lado, mas não conseguia nem ficar com a coluna esticada, porque puxava os pontos e doía. 

Foi aí que comecei a refletir sobre os treinos, que às vezes treinava só por treinar, sem muita vontade, sem pujança. E fiquei sentindo um arrependimento por não ter aproveitado melhor esses treinos.
Moral da história: depois de passar por isso, todas as vezes que fico com preguiça ou desanimado pra treinar, lembro da sensação "escrota" de estar limitado e isso me dá ânimo e gás pra sair correndo e pulando por aí.

Att. Dênis atleta do Rio. 
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.