terça-feira, 21 de abril de 2015

Um caso de amor


Vamos falar de amor e fazer o público avançar da paixão ao amor. Cativar os interessados nessa prática de altruísmo, doação e generosidade. A quem seja alheio a isso solicito que tente se incluir e fazer parte dessa rede de afeto favorecendo esta amizade que construímos ao longo desse percurso. Vamos iniciar um caso de amor recíproco e generoso que nos faça crescer com força, firmeza e de forma gentil com a delicadeza de quem pede ao corpo que avance mais superando limites de forma tranquila e consistente.

Relaxe, não se assanhe, um passo de cada vez, para andar e que após possamos correr e em seguida não apenas pular mas saltar precisamente e indo de passada em passada, chegando a novos pontos numa dinâmica evolução. Aproveitando o percurso e desbravando novas possibilidades.
Lembro-me de meu batismo em 2009 num evento de esporte produzido pela Voltz na estruturada e conhecida Lapa que naquele dia foi a novidade mais linda e me fez ganhar novas e belíssimas fraternidades. Foi ali naquele lugar já conhecido e visto que algo me aconteceu, me ressignificou e onde comecei a aprimorar meu novo olhar sobre lugares e coisas.

De longe nunca fui um virtuoso, prodígio ou coisa parecida. Sinto-me sempre iniciando e me adaptando. Ainda não tenho concentração o suficiente para fazer o treino fluir independente da companhia , mas tudo é uma (des)construção, talvez apenas possa ser e durar. Diante de corpos tão fortes, às vezes, possa me sentir pequeno, mas como disse: tudo é uma evolução, pois também me sinto ficando cada dia mais forte para ser mais útil.

Uma pausa para versar:

Saltar pela Lagoa e seus castelinhos,
Desmoronados.
Abrigo de desabrigados,
Muitos desabrigados.
Onde ir?
Irajá!
Saltar, pular, escorregar.
Correr pelo aterro,
“Sparkatear”
Fazer um Le parkinho
Um só  não?
Dois.
Botar fogo nas passarelas
Ahuuuuuuu
UUUUUUrca!
Ir de bonde e descer de bondinho.
Lembranças bacanas,
Quadrupedal em Copacabana.
Ajudando cachorrinhos em matilha.
Milagres em Mirataia
Santo sol.
Santa Cruz.
Santas praças.
Santos picos.

Uma singela homenagem, acredito, a este sítio, cidade, que nos abriga e que só enriquece minha memória afetiva. É um caso de amor antigo, sei. Mas como não amá-la? Dizem que é maravilhosa. Acredito que seja abençoada embora maltratada.  Agradeço por ser e obter um novo olhar graças a uma prática que me faz ressignificar velhos conhecidos e transformá-los em novos lugares.

Penso que esta formação e estas companhias me fazem melhor e me ajudam a ir além do ser, me possibilitam durar. O que minha cidade oferece faz com que valorize o que de novo conheça. Seja aqui ou em qualquer outro lugar. Pessoas que fazem as cidades felizes e hospitaleiras, que nos visitam e que fazem querer visitá-los. Nesses anos de parkour meu coração se inundou de alegria e amor, por essa gente linda e maravilhosa que são parte desta história.

Espero continuar escrevendo novos capítulos e contar com a ajuda de cada um e todos para fazer um grande trabalho. Aproveito para convidar para o 8° Encontro Carioca de Parkour que se aproxima. Pretendo, aliás, pretendemos fazer um grande trabalho. Este ano será em São Gonçalo, com picos maravilhosos, engenhosos e desafiadores. Porém o Rio tem surpresas, quem sabe até o final do ano todo o Brasil não tenha motivos para nos visitar?

Att LC.
Omnis Pro Parkour
Todos por si em prol do outro.